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A formação de pesquisadores, nas mais diversas áreas do conhecimento, constitui tarefa complexa e, ao mesmo tempo, fundamental para a produção e a disseminação do conhecimento científico. Sob essa égide, a formação dos pesquisadores em educação, especificamente, tem a ver com a melhoria dos processos formativos desenvolvidos nas universidades, apresentando-se como tema relevante, posto que se trata da qualidade das pesquisas, na área educacional. A partir do entendimento de que o desenvolvimento da educação e do ensino se relaciona com o avanço das pesquisas em educação, cujas produções são influenciadas pela formação epistemológica dos seus pesquisadores, o problema científico, que o autor desenvolve nesta obra, refere-se a como elaborar um plano de disciplina na área de Epistemologia e Pesquisa em Educação, tendo em vista a necessidade da formação epistemológica dos pesquisadores em educação nos programas de pós-graduação stricto sensu em educação.
A formação de pesquisadores, nas mais diversas áreas do conhecimento, constitui tarefa complexa e, ao mesmo tempo, fundamental para a produção e a disseminação do conhecimento científico. Sob essa égide, a formação dos pesquisadores em educação, especificamente, tem a ver com a melhoria dos processos formativos desenvolvidos nas universidades, apresentando-se como tema relevante, posto que se trata da qualidade das pesquisas, na área educacional. A partir do entendimento de que o desenvolvimento da educação e do ensino se relaciona com o avanço das pesquisas em educação, cujas produções são influenciadas pela formação epistemológica dos seus pesquisadores, o problema científico, que o autor desenvolve nesta obra, refere-se a como elaborar um plano de disciplina na área de Epistemologia e Pesquisa em Educação, tendo em vista a necessidade da formação epistemológica dos pesquisadores em educação nos programas de pós-graduação stricto sensu em educação.
As discussões sobre a qualidade dos cursos de formação de professores são cada vez mais frequentes, onde vem ganhando espaço a formação do Professor Pesquisador. Neste viés, a universidade se incumbe de promover a formação de licenciados que, no futuro sejam capazes de desenvolver a prática de ensino e de pesquisa numa perspectiva transformadora da realidade escolar e social. Pensando na responsabilidade que o professor carrega, o Biólogo tem um relevante papel a cumprir na sociedade em geral, desde a compreensão das origens, evolução e interações das espécies viventes no planeta terra, como também, as suas relações com o meio ambiente. Em consonância com Campos (2018, p. 23) as Ciências Biológicas apresentam singularidade como “campo de conhecimento e características próprias em relação às demais ciências, exibindo características específicas em termos de objetos que estudam, metas que perseguem, métodos de pesquisa, linguagens que empregam, entre outros”. A formação de professores não é uma tarefa simples. Mas sim, uma tarefa muito mais complexa do que imaginamos. Afinal, a profissão docente requer do educador competências de modo integral e em múltiplas áreas de conhecimento. Corroborando com o nosso entendimento, Severino (2018) enfatiza que a formação do educador não se trata apenas da sua habilitação técnica, da aquisição e do domínio de um conjunto de informações e de habilidades didáticas. Para ele, precisamos entender que automaticamente a formação de professores impõe uma formação humana em sua integralidade e, que os docentes não executam apenas atividades técnicas como algumas outras profissões. Desta maneira, sabemos que a base sustentadora da profissão docente é construída na universidade, onde o egresso de licenciatura deve carregar em seu acervo, os mais amplos conhecimentos: teórico, técnico, prático, pedagógico, didático e científico, sendo este último, um diferencial importantíssimo para o exercício da docência integrada à prática de pesquisa. Ao falarmos em pesquisa no ambiente escolar logo pensamos: o professor além de educador, ele precisa ser um Professor Pesquisador? É óbvio que sim. Ele deve ser um Professor Pesquisador capaz de transformar a realidade educacional e social nos diversos contextos e espaços. A formação de professores, “não pode ser realizada desvinculadamente da formação integral da personalidade humana do educador. Daí a maior complexidade dessa função social, já que ela implica muito mais, em termos de condições pessoais, do que outras profissões [...]” (SEVERINO, 2018, p. 12). Admito que tive maior aproximação com o tema Professor Pesquisador somente na Pós-Graduação Stricto Sensu, Mestrado acadêmico em Educação, principalmente no percurso das disciplinas: Pesquisa em Educação e Epistemologia das Ciências da Educação. Fluiu inquietações sobre a formação do Professor Pesquisador, a sua prática formadora, e a sua função social, passando a refletir sobre a minha1 atuação docente e o processo formativo nas Licenciaturas em Pedagogia e Ciências Biológicas. Desde a primeira graduação trazia a ideia de que o Professor Pesquisador seria aquele licenciado apto para elaborar projetos com uma sequência de conteúdos a serem ministrados num curto período de tempo, e finalizando na sua culminância. Ou seja, seguindo a metodologia de projetos. Outro pensamento equivocado era de que a pesquisa na prática docente seria realizada por meio de leituras criteriosas em bibliografias atualizadas, para posteriormente desenvolver o planejamento e a execução das aulas. Diante de tais equívocos, senti a necessidade de debruçar sobre o tema de maneira mais densa, criteriosa e sistemática, em um ambiente universitário. Partimos de questões norteadoras como: De que forma os acadêmicos e professores entendem a prática de pesquisa? Quais são as possibilidades que os acadêmicos têm para desenvolver atividades de pesquisa? De qual maneira os professores possibilitam o envolvimento dos futuros Biólogos, em atividades de pesquisa? Na história educacional, os estudos sobre a formação do Professor Pesquisador tiveram sua origem na Inglaterra e Estados Unidos, tendo entre seus renomados estudiosos, Elliot (2000) na Inglaterra e Zeichner (1998, 2005) nos EUA, que vêm realizando suas pesquisas envolvendo acadêmicos, professores e alunos de universidades e escolas básicas. De posse dos resultados de suas pesquisas, chegaram ao consenso de que o professor deveria exercer a sua prática educativa numa perspectiva ética, social e política, e assim exercer o seu papel formador e de professor Pesquisador. Em suas pesquisas, Elliot (2000) carrega entre suas maiores preocupações, a formação de professores e os problemas práticos que enfrentam em seu trabalho, se propondo a ajudá-los de modo a refletirem mais profundamente sobre a prática da educação em suas escolas. Para ele, só é possível refletir sobre a prática educativa, através da pesquisa-ação, devido ela estar relacionada aos problemas práticos diários vivenciados pelos professores, e não com os problemas teóricos no ambiente de uma disciplina de conhecimento. Em sua concepção, o objetivo da pesquisa-ação é possibilitar que o professor possa aprofundar a compreensão, sobre o diagnóstico de problemas, e adotar uma posição exploratória contra quaisquer definições iniciais de sua própria situação. Temos no Brasil, renomados pesquisadores que há tempos desenvolvem pesquisas voltadas para a formação do Professor Pesquisador. Entre eles: Ens, Ploharski e Salles (2001); Diniz-Pereira (2005, 2009, 2014); Franco (2009); Ghedin (2004, 2013); Gatti (2003, 2010, 2013, 2014, 2019); Lüdke (2005, 2012); Nóvoa (2016, 2017); Pesce, André, Hobold (2013); Pimenta (2005, 2009, 2011, 2013, 2014, 2019); Severino (2007, 2008, 2009, 2018). Em seus estudos, investigam de maneira profunda as formas de resistências, os implicadores e possibilidades de os professores trabalharem a prática educativa nos moldes da pesquisa científica, dentro dos contextos escolar e social vivenciado, com vistas a uma educação humanizadora e emancipatória. Segundo Zeichner e Diniz-Pereira (2005) por mais que haja no Brasil, parcerias entre universidades e Secretarias de Educação para o desenvolvimento de programas de formação continuada que “incluam a realização de pesquisas por parte dos professores, as condições de trabalho da maioria dos educadores são tão precárias que às vezes pode parecer piada de mau gosto falar em pesquisa desenvolvida por professores na escola” (p. 71). Do ponto de vista deles, os professores devem ser tratados como profissionais que pensam e que tenham autonomia para decidir como relacionar o conhecimento atual do aluno com o novo conhecimento, e como fazer uso deste conhecimento em classe. As discussões em relação a formação do Professor Pesquisador, vêm se ampliando a partir da década de 1980. Neste sentido, Zeichner e Diniz-Pereira (2005), dizem que os termos de pesquisa-ação e a prática profissional reflexiva, tornaram-se uma ênfase para reformas educacionais ao redor do mundo. Apontam que por um lado, o movimento de pesquisa-ação significou um reconhecimento de que os profissionais produzem teorias que os ajudam a tomar decisões no contexto prático. Por outro lado, esse movimento também pode ser entendido como uma reação contra a visão dos “profissionais como meros técnicos que apenas fazem o que outros, fora da esfera da prática, desejam que eles façam e como uma rejeição às reformas “de cima para baixo” que concebem os profissionais apenas como participantes passivos” (ZEICHNER; DINIZ-PEREIRA, 2005, p. 66). O tema Professor Pesquisador será desvelado ao longo deste trabalho. Este livro está organizado em três capítulos, incluídas as seções de introdução e considerações finais. A introdução aborda o tema em estudo, de maneira suscinta, apontando a as inquietações que provocaram o desenvolvimento desta pesquisa. No capítulo 1 apresentamos a fundamentação teórica deste trabalho, onde iniciamos pela trajetória educacional brasileira e a formação de professores partindo da década de 1930. Posteriormente, contextualizamos o Professor Pesquisador abrangendo a sua formação, a importância do Estágio Supervisionado e programas de incentivo à docência. Em conseguinte, fazemos um esboço sobre a produção do conhecimento e a pesquisa científica, no contexto de formação do Professor Pesquisador. Em continuidade, debruçamos sobre a trajetória do Curso de Ciências Biológicas no Brasil e as suas políticas educacionais. Na sequência, apresentamos o Curso de Ciências Biológicas da UERR, abarcando seu histórico, concepções e princípios orientadores, competências, habilidades e objetivos do curso. No capítulo 2, temos o desvelamento do percurso metodológico da presente pesquisa, contemplando: o desenho geral da pesquisa; o tipo de pesquisa; o histórico do local da pesquisa; os sujeitos participantes da pesquisa; os instrumentos da coleta de dados; o método filosófico; a vertente das análises e discussão. Logo no capítulo 3, apresentamos o detalhamento das análises e discussão dos resultados, obedecendo fielmente aos dados coletados no âmbito da investigação. Por fim são tecidas algumas considerações finais à guisa de conclusão.
As discussões sobre a qualidade dos cursos de formação de professores são cada vez mais frequentes, onde vem ganhando espaço a formação do Professor Pesquisador. Neste viés, a universidade se incumbe de promover a formação de licenciados que, no futuro sejam capazes de desenvolver a prática de ensino e de pesquisa numa perspectiva transformadora da realidade escolar e social. Pensando na responsabilidade que o professor carrega, o Biólogo tem um relevante papel a cumprir na sociedade em geral, desde a compreensão das origens, evolução e interações das espécies viventes no planeta terra, como também, as suas relações com o meio ambiente. Em consonância com Campos (2018, p. 23) as Ciências Biológicas apresentam singularidade como “campo de conhecimento e características próprias em relação às demais ciências, exibindo características específicas em termos de objetos que estudam, metas que perseguem, métodos de pesquisa, linguagens que empregam, entre outros”. A formação de professores não é uma tarefa simples. Mas sim, uma tarefa muito mais complexa do que imaginamos. Afinal, a profissão docente requer do educador competências de modo integral e em múltiplas áreas de conhecimento. Corroborando com o nosso entendimento, Severino (2018) enfatiza que a formação do educador não se trata apenas da sua habilitação técnica, da aquisição e do domínio de um conjunto de informações e de habilidades didáticas. Para ele, precisamos entender que automaticamente a formação de professores impõe uma formação humana em sua integralidade e, que os docentes não executam apenas atividades técnicas como algumas outras profissões. Desta maneira, sabemos que a base sustentadora da profissão docente é construída na universidade, onde o egresso de licenciatura deve carregar em seu acervo, os mais amplos conhecimentos: teórico, técnico, prático, pedagógico, didático e científico, sendo este último, um diferencial importantíssimo para o exercício da docência integrada à prática de pesquisa. Ao falarmos em pesquisa no ambiente escolar logo pensamos: o professor além de educador, ele precisa ser um Professor Pesquisador? É óbvio que sim. Ele deve ser um Professor Pesquisador capaz de transformar a realidade educacional e social nos diversos contextos e espaços. A formação de professores, “não pode ser realizada desvinculadamente da formação integral da personalidade humana do educador. Daí a maior complexidade dessa função social, já que ela implica muito mais, em termos de condições pessoais, do que outras profissões [...]” (SEVERINO, 2018, p. 12). Admito que tive maior aproximação com o tema Professor Pesquisador somente na Pós-Graduação Stricto Sensu, Mestrado acadêmico em Educação, principalmente no percurso das disciplinas: Pesquisa em Educação e Epistemologia das Ciências da Educação. Fluiu inquietações sobre a formação do Professor Pesquisador, a sua prática formadora, e a sua função social, passando a refletir sobre a minha¹ atuação docente e o processo formativo nas Licenciaturas em Pedagogia e Ciências Biológicas. Desde a primeira graduação trazia a ideia de que o Professor Pesquisador seria aquele licenciado apto para elaborar projetos com uma sequência de conteúdos a serem ministrados num curto período de tempo, e finalizando na sua culminância. Ou seja, seguindo a metodologia de projetos. Outro pensamento equivocado era de que a pesquisa na prática docente seria realizada por meio de leituras criteriosas em bibliografias atualizadas, para posteriormente desenvolver o planejamento e a execução das aulas. Diante de tais equívocos, senti a necessidade de debruçar sobre o tema de maneira mais densa, criteriosa e sistemática, em um ambiente universitário. Partimos de questões norteadoras como: De que forma os acadêmicos e professores entendem a prática de pesquisa? Quais são as possibilidades que os acadêmicos têm para desenvolver atividades de pesquisa? De qual maneira os professores possibilitam o envolvimento dos futuros Biólogos, em atividades de pesquisa? Na história educacional, os estudos sobre a formação do Professor Pesquisador tiveram sua origem na Inglaterra e Estados Unidos, tendo entre seus renomados estudiosos, Elliot (2000) na Inglaterra e Zeichner (1998, 2005) nos EUA, que vêm realizando suas pesquisas envolvendo acadêmicos, professores e alunos de universidades e escolas básicas. De posse dos resultados de suas pesquisas, chegaram ao consenso de que o professor deveria exercer a sua prática educativa numa perspectiva ética, social e política, e assim exercer o seu papel formador e de professor Pesquisador. Em suas pesquisas, Elliot (2000) carrega entre suas maiores preocupações, a formação de professores e os problemas práticos que enfrentam em seu trabalho, se propondo a ajudá-los de modo a refletirem mais profundamente sobre a prática da educação em suas escolas. Para ele, só é possível refletir sobre a prática educativa, através da pesquisa-ação, devido ela estar relacionada aos problemas práticos diários vivenciados pelos professores, e não com os problemas teóricos no ambiente de uma disciplina de conhecimento. Em sua concepção, o objetivo da pesquisa-ação é possibilitar que o professor possa aprofundar a compreensão, sobre o diagnóstico de problemas, e adotar uma posição exploratória contra quaisquer definições iniciais de sua própria situação. Temos no Brasil, renomados pesquisadores que há tempos desenvolvem pesquisas voltadas para a formação do Professor Pesquisador. Entre eles: Ens, Ploharski e Salles (2001); Diniz-Pereira (2005, 2009, 2014); Franco (2009); Ghedin (2004, 2013); Gatti (2003, 2010, 2013, 2014, 2019); Lüdke (2005, 2012); Nóvoa (2016, 2017); Pesce, André, Hobold (2013); Pimenta (2005, 2009, 2011, 2013, 2014, 2019); Severino (2007, 2008, 2009, 2018). Em seus estudos, investigam de maneira profunda as formas de resistências, os implicadores e possibilidades de os professores trabalharem a prática educativa nos moldes da pesquisa científica, dentro dos contextos escolar e social vivenciado, com vistas a uma educação humanizadora e emancipatória. Segundo Zeichner e Diniz-Pereira (2005) por mais que haja no Brasil, parcerias entre universidades e Secretarias de Educação para o desenvolvimento de programas de formação continuada que “incluam a realização de pesquisas por parte dos professores, as condições de trabalho da maioria dos educadores são tão precárias que às vezes pode parecer piada de mau gosto falar em pesquisa desenvolvida por professores na escola” (p. 71). Do ponto de vista deles, os professores devem ser tratados como profissionais que pensam e que tenham autonomia para decidir como relacionar o conhecimento atual do aluno com o novo conhecimento, e como fazer uso deste conhecimento em classe. As discussões em relação a formação do Professor Pesquisador, vêm se ampliando a partir da década de 1980. Neste sentido, Zeichner e Diniz-Pereira (2005), dizem que os termos de pesquisa-ação e a prática profissional reflexiva, tornaram-se uma ênfase para reformas educacionais ao redor do mundo. Apontam que por um lado, o movimento de pesquisa-ação significou um reconhecimento de que os profissionais produzem teorias que os ajudam a tomar decisões no contexto prático. Por outro lado, esse movimento também pode ser entendido como uma reação contra a visão dos “profissionais como meros técnicos que apenas fazem o que outros, fora da esfera da prática, desejam que eles façam e como uma rejeição às reformas “de cima para baixo” que concebem os profissionais apenas como participantes passivos” (ZEICHNER; DINIZ-PEREIRA, 2005, p. 66). O tema Professor Pesquisador será desvelado ao longo deste trabalho. Este livro está organizado em três capítulos, incluídas as seções de introdução e considerações finais. A introdução aborda o tema em estudo, de maneira suscinta, apontando a as inquietações que provocaram o desenvolvimento desta pesquisa. No capítulo 1 apresentamos a fundamentação teórica deste trabalho, onde iniciamos pela trajetória educacional brasileira e a formação de professores partindo da década de 1930. Posteriormente, contextualizamos o Professor Pesquisador abrangendo a sua formação, a importância do Estágio Supervisionado e programas de incentivo à docência. Em conseguinte, fazemos um esboço sobre a produção do conhecimento e a pesquisa científica, no contexto de formação do Professor Pesquisador. Em continuidade, debruçamos sobre a trajetória do Curso de Ciências Biológicas no Brasil e as suas políticas educacionais. Na sequência, apresentamos o Curso de Ciências Biológicas da UERR, abarcando seu histórico, concepções e princípios orientadores, competências, habilidades e objetivos do curso. No capítulo 2, temos o desvelamento do percurso metodológico da presente pesquisa, contemplando: o desenho geral da pesquisa; o tipo de pesquisa; o histórico do local da pesquisa; os sujeitos participantes da pesquisa; os instrumentos da coleta de dados; o método filosófico; a vertente das análises e discussão. Logo no capítulo 3, apresentamos o detalhamento das análises e discussão dos resultados, obedecendo fielmente aos dados coletados no âmbito da investigação. Por fim são tecidas algumas considerações finais à guisa de conclusão.
"A melhoria da formação de professores no Brasil tem sido um objetivo constante de boa parcela das propostas que emergem das pesquisas em ensino de ciências. Esses pesquisadores concordam que é preciso romper com a visão tradicional do professor de ciências como mero transmissor do conhecimento, aquele que simplesmente repassa os conteúdos básicos de sua área ao aluno, em um processo puramente mecânico. O professor pode e deve ser muito mais que isso. Nessa direção, educadores têm apontado a relevância de introduzir em contextos de formação de professores de ciências, discussões não apenas ligadas ao arcabouço conceitual da ciência, mas também sobre sua construção, seus aspectos internos e externos, suas influências, sua natureza. Ao inserir esses temas, o professor se mune de maior criticidade e poder de transformação, tornando-se não um transmissor de conhecimento, mas um mediador. É ele que trará ao aluno as ferramentas para compreender a ciência como um empreendimento humano, e por isso, produto de sua cultura. A proposta do livro “História das Ciências, Epistemologia, Gênero e Arte: ensaios para a formação de professores” é oferecer subsídios para fomentar a introdução de perspectivas como essas. Dessa maneira, com esse livro, o professor de ciências terá, em um só material, uma fonte diversificada de informações e discussões, que pode construir novos caminhos para o um ensino de ciências mais dinâmico, atual e transformador."
A presente obra é a reunião de estudos de temáticas como Ensino-Aprendizagem, História, Filosofia e Sociologia da Ciência que são de interesse em linhas de pesquisa da área de Ensino. O livro reúne estudos epistemológicos e pesquisas teórico-experimentais no campo do Ensino de Ciências. Contempla elementos como a discussão da natureza do conhecimento científico-tecnológico, abordagens históricas e filosóficas, relações epistêmicas entre ciência e tecnologia, abordagens teóricas e metodológicas dos processos de ensino em propostas didáticas e investigações em sala de aula.
Este artigo apresenta um estudo que investigou a recepção da epistemologia de Ludwik Fleck pela pesquisa em Educação em Ciências. Foram analisadas teses e dissertações produzidas no período de 1995 a 2010, em programas nacionais de pós-graduação. Os dados apontam que na década de 1990 surgiram os primeiros estudos e que há uma concentração de trabalhos em instituições do Sul do Brasil, notadamente na UFSC, especialmente na área da Educação em Ciências, estando o maior volume de estudos concentrados nos eixos emergência de um fato científico, formação de professores e análise da produção acadêmica. Destaca-se a significativa contribuição das categorias epistemológicas estilo de pensamento, coletivo de pensamento e circulação intra e intercoletiva de ideias no processo de produção do conhecimento.
Este livro é resultado de encontros acadêmicos gestados em rede colaborativa que transcenderam a “expressão reta”, instados pela preocupação com a pesquisa em educação e, consequentemente, com a formação de professores(as)-pesquisadores(as). Em todo o mundo, é crescente a necessidade de pensar aspectos teórico-metodológicos na pesquisa em educação. É preciso, ainda, reconhecer a educação como área repleta de territorializações, desterritorializações e reterritorializações, em permanente movimento.
'(...) um convite a um vôo mais alto, a que se soltem as amarras dos referenciais teóricos cristalizados e à construção de referenciais mais próprios a uma Educação que dignifique o educador. Soltamos as amarras teóricas e convencionais da sociologia, da psicologia, da filosofia, da antropologia, enfim, de todas as ciências nobres que sempre serviram de aporte à Educação. Aproximamo-nos da arte e, nesse vôo conjunto, ciência/arte, pretendemos nos unir a todos que já vêm construindo um novo tempo na Educação.'